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Patrimônio dos pernambucanos, vitrais ecléticos do palácio da ACP são restaurados

Uma das mais belas construções do Recife, o centenário palácio de arquitetura eclética da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), no Marco Zero, guarda no seu interior uma coleção de 20 vitrais que, como um “livro aberto”, narram a história da produção econômica de Pernambuco e do Brasil, como os ciclos do açúcar, café, cacau, banana, algodão e borracha. Boa parte deste patrimônio de beleza material e simbólica estava com a estrutura comprometida, deteriorada pelo tempo e pela maresia. Graças a um projeto apresentado pela Associação Amigos do Museu da Cidade do Recife – AMUC e aprovado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – FUNCULTURA, 13 vitrais, que apresentavam situação crítica de conservação, foram restaurados

A iniciativa faz parte do programa “Museu Fora de Portas”, que tem como propósito contribuir com a restauração de monumentos da cidade. “Esse conjunto de edifícios ecléticos dos quais o palácio da ACP faz parte têm uma relevância muito grande para a cidade. É importante que a gente pense nesse edifício não só como a conservação da memória, mas como um legado para o desenvolvimento econômico e social da cidade por meio do turismo. Este palácio foi construído em 1915, de uma forma bastante ousada, com materiais vindos da Europa, e hoje é uma atração turística para visitantes e recifenses que frequentam este local estratégico da cidade”, afirma Betânia Corrêa de Araújo, diretora do Museu da Cidade.

A obra de restauração, concluída pouco antes da pandemia, foi executada pelo Estúdio Sarasá Conservação e Restauro. “O vitral é uma arte milenar. Foi bastante difundido na Idade Média, nas grandes catedrais, eram grandes livros abertos. Depois entrou num período de desuso, retornando fortalecido pelo período eclético, que resgatou essa arte. O prédio da ACP abriga essas grandes obras de arte, um patrimônio dos pernambucanos”, explica Antônio Sarasá, restaurador do Estúdio.

O serviço incluiu a substituição das tiras de chumbo oxidadas que conectam os mosaicos e a reposição de materiais destruídos. “O chumbo vai perdendo a sua estrutura com o tempo, entra em fadiga e não consegue mais suportar o peso dos vidros. Identificamos que 13 vitrais estavam em risco, por isso fizemos a remoção, a troca desse chumbo, a limpeza e a substituição de alguns vidros que estavam partidos ou faltando. Realizamos um restauro conservativo, preservando ao máximo os vitrais originais”, afirma Sarasá. Todos os vidros artesanais substituídos no restauro foram importados da Alemanha e Bélgica, já que no Brasil não existe produção de vidros artísticos. Para o trabalho de reintegração pictórica (reconstituição das imagens), os restauradores utilizaram moldes e pastas especiais em vidro. Todos os vitrais restaurados também receberam uma proteção em vidro para conservação preventiva.

By | 2021-06-01T19:32:55-03:00 1 de junho de 2021|Notícias|0 Comentários

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