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Seminário internacional é passo para candidatura do conjunto de fortificações brasileiras a patrimônio mundial

O Forte das Cinco Pontas, junto com o do Brum e o Orange, é candidato a patrimônio cultural mundial da humanidade. A candidatura desses três fortes localizados em Pernambuco integra o conjunto de 19 fortificações brasileiras que pleiteia título, dado pela Unesco. Visando a essa certificação, será realizado na próxima semana, no Recife, o “Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural”. O encontro, que reunirá gestores de vários países, acontecerá no auditório do Museu da Cidade do Recife, que funciona dentro do Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, região central da cidade. O Forte do Brum é localizado no Bairro do Recife, também na região central da capital pernambucana, e o Orange, em Itamaracá, no litoral Norte do Estado.

Organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o seminário envolverá os ministérios da Cultura, Turismo, Educação e Defesa, além do BNDES, e será realizado de terça (4) a sexta-feira (7) da próxima semana. Também reunirá gestores de fortes de vários países – Espanha, Portugal, Colômba, Porto Rico, Cuba e Brasil -, que aprensentarão, entre outros pontos, as fortificações pelas quais são responsáveis e os modelos de excelência de governança. Do Brasil, os cases são o Forte de São Tiago das Cinco Pontas (nome oficial da fortificação recifense), patrimônio nacional e que será apresentado pela diretora do Museu da Cidade do Recife, Betânia Correa de Araújo; a Fortaleza de Tapirandú, no Morro de São Paulo (BA); e o Forte de Nossa Senhora Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ).

Durante o seminário, uma das salas do museu abrigará uma exposição reunindo imagens das 19 fortificações brasileiras candidatas ao título. No último dia do encontro, sexta-feira (7), haverá apresentação do documento final sobre gestão para a candidatura. “Será feito um memorial de significância preciso”, afirmou a diretora do MCR, Betânia Correa. No encerramento, estão previstas as presenças do ministros Roberto Freire (Cultura), Defesa (Raul Jungmann), Mendonça Filho (Educação) e Marx Beltrão (Turismo).

A candidatura do conjunto de fortificações reúne, além das edificações de Pernambuco, do Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. “É uma seleção de 19 monumentos representativos das construções defensivas implantadas no território brasileiro, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais que resultaram no maior País da América Latina”, define o Iphan em texto com a lista indicativa ao título de patrimônio mundial [a lista segue ao fim do texto]

Forte São Tiago das Cinco Pontas
Os fortes brasileiros candidatos são todos produtos da ocupação marítima portuguesa e holandesa. O Forte das Cinco Pontas foi erguido em 1630 por ordem de Frederik Hendrik (1584-1647), primo de Maurício de Nassau. A fortaleza foi batizada com o nome do príncipe, mas, devido à forma pentagonal, passou a ser denominada de Forte das Cinco Pontas. Com a tomada pelos portugueses, em 1654, foi feita a primeira grande reforma na edificação, reconstruída em pedra e cal e apenas com quatro pontas. A obra foi concluída em 1684 e rebatizada de Forte de São Tiago. Com a expansão da cidade, a fortaleza perdeu seu sentido de defesa e passou a ter novos usos – entre os séculos 18 e 19, funcionou como depósito geral e prisão; no início do século 20, foi quartel militar e, em 1938, foi tombado patrimônio nacional. Durante o final da década de 1970, sofreu outra grande reestruturação, dessa vez para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife.

Forte de Santa Cruz (Orange)
Com nome oficial de Forte de Santa Cruz, o Orange é um dos testemunhos da ação portuguesa e holandesa em Pernambuco durante o período colonial. O monumento foi construído em 1630 por militares holandeses, da Companhia das Índias Orientais, e sofreu diversas mudanças em sua estrutura desde a restauração portuguesa de 1654, mudando seu nome para Forte de Santa Cruz. Em pedra calcária e alvenaria de cal, o bem foi tombado pelo Iphan em 1938 e é gerido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco.

Forte São João do Brum
A origem do Forte São João Batista do Brum remonta a 1595, quando os corsários ingleses, sob o comando de James Lancaster, o ergueram. Mais tarde o Forte passaria por várias expansões e modificações. Uma delas, que marcou a sua história, foi a construção de Schans de Bruyne, pelos holandeses em 1630, um dos principais pontos de resistência para o cerco das forças luso-brasileiras, que ocorreu entre 1630 e 1635. Tombado pelo Iphan desde 1938, o bem pertence ao Exército e atualmente abriga o Museu Militar.

Conjunto de Fortificações do Brasil

Fortaleza de São José, em Macapá (AP)
Forte Coimbra, em Corumbá (MS)
Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO)
Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN)
Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB)
Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE)
Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE)
Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE)
Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA)
Forte São Diogo, em Salvador (BA)
Forte São Marcelo, em Salvador (BA)
Forte de Santa Maria, em Salvador (BA)
Forte de N. S. de Mont Serrat, em Salvador (BA)
Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ)
Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ)
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP)
Forte São João, em Bertioga (SP)
Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC)
Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC)

By | 2017-04-03T12:50:31-03:00 2 de abril de 2017|Notícias|0 Comentários

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