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Iphan realiza no Recife Reunião Técnica para fortalecer candidatura de fortes a Patrimônio Mundial

Mais um passo é dado para a candidatura conjunta de 19 fortificações brasileiras a Patrimônio Mundial. Recife sedia Reunião Técnica da Coordenação para o Desenvolvimento da Candidatura a Patrimônio Mundial no Conjunto de Fortificações do Brasil. A reunião enfoca as três fortificações instaladas em Pernambuco que integram o conjunto que pleiteia o título dado pela Unesco – as Fortalezas de São Tiago das Cinco Pontas e de São João Batista do Brum, no Recife, e a Fortaleza de Santa Cruz (Forte Orange), na Ilha de Itamaracá. O encontro acontece nestas quinta (30) e sexta-feiras (1º), das 9h às 19h, no Museu da Cidade do Recife, localizado no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José.

A reunião é promovida pelo Departamento de Articulação e Fomento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — DAF/lphan juntamente com a Superintendência do Iphan em Pernambuco. Do encontro, que tem debate e palestras, serão criados Comitês Técnico e Estratégico locais. “Estamos reunindo todos os envolvidos para traçar caminhos e metas sobre a gestão dos fortes. Ao final do encontro, vamos definir um comitê técnico local para a candidatura”, disse Frederico Almeida, técnico e engenheiro Civil do Iphan. Participam do encontro gestores dos três fortes e representantes do Iphan, Prodetur e Fundarpe.

A programação desta quinta (30) começa às 9h com palestra do diretor do Departamento de Articulação e Fomento do Iphan – DAF, Marcelo Brito, sobre Conceitos, princípios e procedimentos para apresentação da candidatura do Conjunto de Fortificações do Brasil a Patrimônio Mundial. Em seguida, os diretores dos fortes das Cinco Pontas e do Brum, respectivamente, Betânia Correa de Araújo e coronel André Gustavo de Pinheiro Monteiro, abordam desafios para a sua gestão, proteção e conservação dos imóveis. O mesmo tema sobre o Forte Orange é abordado pelo assessor do Iphan-PE, Frederico Almeida. Também neste dia é tratada a “Estratégia para a sustentabilidade do componente local do bem” e há o debate sobre “Ações previstas, em curso e necessárias para a preparação, acondicionamento e apresentação do componente local do bem seriado.”

Último dia da reunião, a sexta-feira (1º) tem início com a definição dos comitês técnico e estratégico locais para a candidatura, seguida pela palestra “Estratégia para a sustentabilidade do componente local do bem”, da chefe de Divisão de Projetos Especiais da ARIN/DAF/Iphan, Candice Ballester. Há também definição de encaminhamentos para a candidatura, com matriz de responsabilidades e cronograma de trabalho.

A candidatura apresentada pelo Brasil reúne fortificações construídas entre os séculos XVI e XIX [confira a lista completa abaixo] , localizadas em todas as regiões do país, que demonstram o histórico esforço para a ocupação, defesa e integração do vasto território nacional. Este ano, também visando a essa certificação, o Museu da Cidado Recife sediou o “Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural”. O encontro, organizado pelo Iphan, reuniu gestores de vários países.

Fortes pernambucanos inseridos na relação

Forte São Tiago das Cinco Pontas
Os fortes brasileiros candidatos são todos produtos da ocupação marítima portuguesa e holandesa. O Forte das Cinco Pontas foi erguido em 1630 por ordem de Frederik Hendrik (1584-1647), primo de Maurício de Nassau. A fortaleza foi batizada com o nome do príncipe, mas, devido à forma pentagonal, passou a ser denominada de Forte das Cinco Pontas. Com a tomada pelos portugueses, em 1654, foi feita a primeira grande reforma na edificação, reconstruída em pedra e cal e apenas com quatro pontas. A obra foi concluída em 1684 e rebatizada de Forte de São Tiago. Com a expansão da cidade, a fortaleza perdeu seu sentido de defesa e passou a ter novos usos – entre os séculos 18 e 19, funcionou como depósito geral e prisão; no início do século 20, foi quartel militar e, em 1938, foi tombado patrimônio nacional. Durante o final da década de 1970, sofreu outra grande reestruturação, dessa vez para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife.

Forte de Santa Cruz (Orange)
Com nome oficial de Forte de Santa Cruz, o Orange é um dos testemunhos da ação portuguesa e holandesa em Pernambuco durante o período colonial. O monumento foi construído em 1630 por militares holandeses, da Companhia das Índias Orientais, e sofreu diversas mudanças em sua estrutura desde a restauração portuguesa de 1654, mudando seu nome para Forte de Santa Cruz. Em pedra calcária e alvenaria de cal, o bem foi tombado pelo Iphan em 1938 e é gerido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco.

Forte São João do Brum
A origem do Forte São João Batista do Brum remonta a 1595, quando os corsários ingleses, sob o comando de James Lancaster, o ergueram. Mais tarde o Forte passaria por várias expansões e modificações. Uma delas, que marcou a sua história, foi a construção de Schans de Bruyne, pelos holandeses em 1630, um dos principais pontos de resistência para o cerco das forças luso-brasileiras, que ocorreu entre 1630 e 1635. Tombado pelo Iphan desde 1938, o bem pertence ao Exército e atualmente abriga o Museu Militar.

Conjunto de Fortificações do Brasil:

Fortaleza de São José, em Macapá (AP)
Forte Coimbra, em Corumbá (MS)
Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO)
Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN)
Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB)
Forte de Santa Cruz (Forte Orange), em Itamaracá (PE)
Forte São João Batista do Brum, no Recife (PE)
Forte São Tiago das Cinco Pontas, no Recife (PE)
Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA)
Forte São Diogo, em Salvador (BA)
Forte São Marcelo, em Salvador (BA)
Forte de Santa Maria, em Salvador (BA)
Forte de N. S. de Mont Serrat, em Salvador (BA)
Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ)
Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ)
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP)
Forte São João, em Bertioga (SP)
Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC)
Forte de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis (SC)

By | 2017-11-29T17:26:44-03:00 29 de novembro de 2017|Notícias, Sem Categoria|0 Comentários

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