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Homenagem do Museu da Cidade do Recife aos 487 da capital pernambucana

RECIFE NO FIO DO PASSO

No começo era assim.
Um povoado de pescadores em volta de uma igrejinha,
na ribeira do mar dos arrecifes dos navios,
Duzentas almas e quarenta quintais.

De lá pra cá,
crescemos tanto que encurtamos o mar.
O mangue virou solo firme e a cidade se espalhou morro acima
pretensiosamente, em direção ao céu.
Hoje somos mais de um milhão e meio de almas.

Depois de quase meio milénio
De uma historia recheada de lutas,
algumas gloriosas, outras inglórias
temos um bocado a comemorar.
Construímos pontes, portos, mercados, palácios, ruas,
teatros, avenidas, canais, praças, fortes,
igrejas, shopping centers e museus.

Cavamos cacimbas, demolimos becos e igrejas,
Canalizamos água, instalamos luz eléctrica e redes de fibra óptica.
Fizemos festas, poesias e revoluções memoráveis.
Inventamos o frevo, o maracatu, o bolo souza Leão e o mangue beat.

Com inspiração e muita transpiração,
o RECIFE caminha em ritmo de frevo,
ou de maracatu
sem perder o fio do passo.

(Betânia Corrêa)

By | 2024-03-12T21:22:42-03:00 12 de março de 2024|Notícias|0 Comentários

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